Filosofia

EDGAR MORIN – 2025 – 8 DE JÚLIO DE 1921

EDGAR MORIN – 2025 8 DE JÚLIO DE 1921   Edgar Morin naceu em Paris, na França, ele é um sociólogo e filósofo francês; o autor é chamado como “Teórico do pensamento complexo”, sendo considerado o notável autor de “O Método” (“La Méthode”), um compêndio de seis volumes – de 1977 a 2004 – que se propõe a ser uma metodologia de ‘transdisciplinaridade’. Ele define sua maneira de pensar como “construtivista”, especificando: “Ou seja, falo da colaboração do mundo externo e de nossas mentes para construir a realidade.” Em conexão com sua pesquisa, desenvolveu um pensamento político humanista, que defendia – e sempre defende – a integração das dimensões ecológica, social, econômica e cultural para enfrentar os desafios contemporâneos. De 1973 à 1989, Edgar Morin dirige o Centro de Estudos de Comunicações de Massa, fundado em 1960. Como ele indicou, em 2009, na revista Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS),… Continue a ler »EDGAR MORIN – 2025 – 8 DE JÚLIO DE 1921

A resistência do espírito – Edgar Morin, 1921

A resistência do espírito Edgar Morin, 1921   Aos cento e três anos de idade, saudamos a genialidade contemporânea de um dos maiores pensadores em todos os tempos. Edgar Morin, nascido Edgar Nahoum, em 8 de julho de 1921, em Paris, é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês. Seria inverossímil definir uma biografia linear ou utilizar o tempo em linha reta para contar a história de Edgar Morin. O Filósofo completou recentemente cento e três anos de vida de uma existência bem vivida e repleta de viagens pelo mundo inteiro e de livros escritos por ele, sendo estes uma centena de obras indispensáveis ao pensamento e às humanidades. Judeu de origem sefardita, Edgar é filho de gregos que se naturalizaram franceses, sua mãe faleceu quando ele tinha apenas nove anos de idade e por isso ele foi criado somente pelo pai. Desde muto jovem dedicou-se à leitura mais diversa, ao… Continue a ler »A resistência do espírito – Edgar Morin, 1921

Aristóteles – Classe de filosofia – Nº3

Aristóteles – Classe de filosofia – Nº3   Neste trecho do extenso saber do mestre Aristóteles, dedicamo-nos à política – ou – a maneira como, segundo ele, deveria ser organizada a cidade, em grego, πόλις, polis. Como já vimos em nossa classe anterior, o homem é por natureza um animal político, a saber, o indivíduo não pode encontrar  seu bem ou a sua felicidade independentemente de sua sociabilidade. A “cidade” e a política que a sustenta constituem, ambas, as condições necessárias à felicidade humana. Por princípio, a sociedade serve ao homem não somente para ele ali viver, mas também para ele ali bem viver. A sociedade ou a cidade  que sustentamos e que nos sustenta, por sua vez, ela não é somente um agrupamento para evitar um mal, ou para a troca de serviços entre as pessoas; essa situação não representa, tampouco, um agrupamento de pessoas que dividem as funções… Continue a ler »Aristóteles – Classe de filosofia – Nº3

Aristóteles – “Aristos, o melhor”, e “telos, realização” – Classe de filosofia – Nº 1

Aristóteles “Aristos, o melhor”, e “telos, realização” Classe de filosofia – Nº 1   Este pensador acima nomeado é um dos pilares de nossa civilização ocidental (mesmo que uma certa parcela dos contemporâneos talvez não o reconheçam assim). Aristóteles viveu no século IV a.C., entre os anos de 384 e 322; ele foi um filósofo grego e um polímata, alguém com grande alcance cogntivo e conhecedor de muitos ramos das ciências. Ele foi discípulo de um outro influente pensador grego, Platão; Aristóteles freqenta a Academia de Mestre por uma longa temporada, onde desenvolve quase todas as áreas do conhecimento de sua época: biologia, física, metafísica, lógica, poética, política, retórica, ética e, ocasionalmente, economia. Até então, a filosofia era originalmente conhecida como “amor à sabedoria”, mas a partir do entendimento de Aristóteles, ela é compreendida em sentido mais amplo como a busca do conhecimento por si mesmo, onde se impõe o… Continue a ler »Aristóteles – “Aristos, o melhor”, e “telos, realização” – Classe de filosofia – Nº 1

O cinismo de Diógenes

O cinismo de Diógenes   Quem foi Diógenes? Um filósofo que viveu entre 413 e 327 antes de Cristo, nasceu em Sinope, atualmente uma cidade ao Norte da Turquia e à beira do Mar Negro, foi discípulo de Sócrates e foi contemporâneo de Platão e de Aristóteles, com os quais compartilhou ensinamentos filosóficos. À época, Diógenes de Sinope, como era conhecido, ou simplesmente Diógenes, foi profundamente influenciado pela escola do cinismo, e tornou-se um filósofo sem domicílio fixo, errava pelas cidades e preferia viver dentro de um tonel porque assim sentia- se mais livre para expor seus pensamentos. A tradição atribui ao pensador uma numerosa produção literária e filosófica, mas grande parte de sua obra parece ter sido perdida, e algumas retomadas por outros autores; somente quatro títulos são reconhecidos: três tragédias e um texto filosófico, o “Tratado dobre o amor”. Avançamos, e perguntamos: o que é o cinismo? É… Continue a ler »O cinismo de Diógenes

Platão, a alegoria da caverna

Platão, a alegoria da caverna   Muitos denominam o tema que apresentaremos a seguir de “mito”, enquanto outros o chamam de “alegoria”; sabemos que mito é uma narrativa fantástica ou simbólica, ou ainda uma forma alegórica de se expor uma ideia ou uma teoria e que, por outro lado, alegoria é uma forma de expressão que visa a transmissão de concepções ou ensinamentos. Quase poder-se-ia afirmar que ambas palavras têm o mesmo sentido, não fosse por um detalhe a meu ver determinante, a saber: na etimologia ou origem da palavra alegoria, constam os seguintes elementos em grego, “állos” significa “outro” e “agoreu” é “falar em público”; no conjunto, temos o significado de “falar em público de outra forma”, o que exatamente apresenta-se nesta narrativa de Platão. O filósofo viveu entre os séculos V e IV a.C., foi discípulo de Sócrates e escreveu, entre diversos trabalhos notáveis, um deles intitulado “A… Continue a ler »Platão, a alegoria da caverna

Baruch Spinoza, 1632-1677 – “Só a alegria é boa, unicamente a alegria nos leva ao amor e à convivência com os outros” – Ética, 1677

Baruch Spinoza, 1632-1677  “Só a alegria é boa, unicamente a alegria nos leva ao amor e à convivência com os outros” Ética, 1677   Baruch Spinoza nasce em Amsterdã, em 1632, e morre em Haia, em 1677; é um filósofo holandês de origem sefardita portuguesa, nascido de uma família que fugiu da inquisição lusitana, e é um dos primeiros pensadores do Iluminismo, vindo  a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII. Inspirado pelas ideias inovadoras de René Descartes (1596-1650), Spinoza torna-se uma figura filosófica tão importante ao ponto que suas obras e seu caráter moral levam-no a ser considerado por muitos intelectuais como “o ‘príncipe’ dos filósofos”. Este é só um apodo, mas indica a grandeza de sua obra, apesar de que, talvez, a maioria das pessoas o desconheça. Exatamente este particular incitou-nos a escrever algumas linhas sobre o pensador. Seu nome de batismo significa “Bem-aventurado”,… Continue a ler »Baruch Spinoza, 1632-1677 – “Só a alegria é boa, unicamente a alegria nos leva ao amor e à convivência com os outros” – Ética, 1677

Platão, Vº século a. C. –  IVº século a. C.

Platão, Vº século a. C. –  IVº século a. C.   Platão nasceu em Atenas, há vinte e cinco séculos, mais precisamente, no ano de 428 a. C, e morreu em 348 a. C.; viveu, pois, oitenta anos, o que era bastante, para a época; mas de uma coisa podemos ter certeza: sua obra perdura até hoje e seu pensamento norteia nossa vida social, mesmo que ignoremos tal fato; sua produção intelectual é um dos pilares de nossa construção civilizatória; sua importância é inquestionável em nossa progressão humana porque tudo que Platão fez foi engrandecer o assim chamado “ser humano”. Platão é geralmente considerado como um dos primeiros filósofos ocidentais, e até, não poucas vezes, como o inventor da filosofia, tal o alcance de seu renome e de sua genialidade. Ele é um filósofo da época da antiga Grécia clássica, contemporâneo da democracia ateniense e dos sofistas, os quais, particularmente,… Continue a ler »Platão, Vº século a. C. –  IVº século a. C.

Cogito ergo sum – René Descartes, 1596 – 1650

Cogito, ergo sum  René Descartes, 1596-1650 Facilmente reconhecível, essa elocução que consta do título acima é associada a seu autor, o filósofo René Descartes. Vamos discorrer um pouco sobre ele, afinal, ele é a pessoa que, pela primeira vez, admite sua condição de ser humano porque podia reconhecer-se como tal; ele pensou e emitiu sua reflexão de forma peremptória, não deixou dúvida sobre a importância da racionalidade como a grande nota que marca nossa individualidade seja biológica, ou ainda na esfera da vida em sociedade. René Descartes nasceu em 1596, na região central de França, em uma cidade que, atualmente, ostenta seu nome em sua homenagem; morreu em 1650, em Estocolmo, onde foi conselheiro da rainha Cristina desde o ano anterior. Descartes editou inúmeras obras, e escreveu sobre os mais variados assuntos, entre eles, epistemologia, metafísica, física, óptica, matemática, moral, biologia, e princípios do que viria a ser, quase três… Continue a ler »Cogito ergo sum – René Descartes, 1596 – 1650